Os donos de seis veículos incendiados durante a madrugada desta segunda-feira (3) por um grupo de adolescentes em Promissão (SP) ainda contam os prejuízos causados pela ação, que a Polícia Civil investiga como caso de vandalismo.
O motorista de ônibus Luiz Henrique de Oliveira ouviu o barulho dos jovens quando eles tentavam incendiar o veículo e conseguiu evitar que o estrago fosse ainda maior. “Eu vi o fogo da minha janela e sai correndo, eu peguei o extintor de dentro do ônibus mesmo, sai porque lá dentro tinha muita fumaça e eu não conseguia abrir o lacre e só depois disso consegui apagar o fogo. Se eu não chegasse rápido teria perdido tudo”, conta.
Segundo a polícia os ataques começaram por volta da meia noite. Um jovem, de 18 anos e outros três adolescentes, de 13, 14 e 16 anos, percorreram vários bairros incendiando veículos. Um morador registrou o momento em que um ônibus pegava fogo. Ele ficou completamente destruído e na parte de dentro sobraram apenas as estruturas metálicas.
E a destruição não parou por aí. O grupo incendiou uma carreta e o dono do veículo não teve a mesma sorte que Luiz Henrique. Rafael Aragão não conseguiu salvar o veículo, que teve a cabine totalmente destruída. Ele que passaria parte do carnaval na estrada trabalhando, agora vai contabilizar os prejuízos causados pelos vândalos. “Eu estava prontinho para viajar, ia sair agora pela manhã, às 7 horas, ia para Bahia”, afirma desolado.
Um carro de passeio também foi alvo dos adolescentes. Eles incendiaram a parte próxima ao motor e na traseira ao lado do tanque de combustível. O cheiro de fumaça acordou os donos do automóvel que conseguiram evitar o pior. “Nós pegamos a mangueira e começamos a apagar, depois chegou os bombeiros e terminaram de controlar o fogo. Fica um sentimento de revolta muito grande”, ressalta a moradora Renata da Silva.
Além de incendiar o veículo, o grupo ainda tentou atacar a base da Polícia Militar. Ao passarem pela base, eles atiraram um coquetel molotov, uma espécie de bomba caseira feita com garrafa de vidro e gasolina. Mas pelo menos na base da PM o ataque foi frustrado.
De acordo com os policiais, a garrafa com o coquetel molotov não se quebrou, por isso o estrago não foi grande. No total, foram atingidos com os ataques, três ônibus, duas carretas e um carro.
O delegado que investiga o caso não quis gravar entrevista, mas disse que não descarta a possibilidade da ação ter sido orquestrada por uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. O jovem de 18 anos será levado para a cadeia de Avaí. Já os três menores serão encaminhados para a Vara da Infância e Juventude.
Fonte: Redação/ G1/ Foto: TV TEM
