Meus irmãos, a marcha evolutiva da Maçonaria nos mistérios da antiguidade deu lugar a vários Graus, que foram se aperfeiçoando, por exemplo:
Os da Índia ficaram apenas com a teogonia.
Os caldeus, com a teogonia e à astronomia.
Os egípcios com a teogonia, à astronomia e à cosmologia.
Os gregos, menos vastos e profundos, não se dedicaram a universalidade dos conhecimentos adquiridos até aquele momento.
Os essênios, que instituíram os Mistérios Judaicos, os restringiram à teogonia e ao culto hebraico; no entanto eram diferentes de todos os outros pela austeridade de costumes, grande filantropia e restrição exclusiva aos de sua cresça religiosa.
Foi então que, infinitamente superior a tudo, apareceu o Cristianismo, cujas doutrinas revolucionaram o mundo e inauguraram uma nova era para a humanidade.
Seus mistérios estiveram e estão ao nosso alcance, sem nenhuma distinção.
A condição sine qua non para que entremos em seus santuários, é o arrependimento e a Fé.
E dessa forma recebemos o amor de Deus. O amor ao próximo como a nós mesmos; o perdão; a paciência; a tolerância; o respeito; à consciência do seu semelhante; a filantropia sem limites e a fraternidade universal.
Mesmo com toda sua superioridade sobre as demais, o Cristianismo foi a mais atacada.
Começou pelos escribas e fariseus, que levaram ao patíbulo e a morte o seu Divino Fundador, Jesus Cristo.
Depois deles milhares e milhares de seguidores foram martirizados, crucificados, torturados, trucidados, enforcados, queimados vivos, devorados por feras e mais recentemente degolados e fuzilados pelo “Estado Islâmico”.
O que mais se estranha e condena é que a mais sanguinária perseguição aos adeptos do Cristianismo foi realizada pela própria Igreja de Pedro.
Almas que se diziam representantes de Deus e guias da humanidade ergueram guilhotinas e acenderam-se fogueiras durante a Inquisição quando instalaram o “Tribunal do Santo Ofício”.
Eles abriram as portas do inferno, se vestiram de lobos enfurecidos e devoraram milhares e milhares de pobres criaturas, cujo único crime era confessar o nome de Jesus.
E por amor ao seu criador esses mártires suportaram todas as perseguições e mortes dolorosas.
Muitos subiam às fogueiras cantando hinos de louvor a Deus.
Meus irmãos (ãs), que ascenderam ao Grau de Cavaleiros Rosa Cruz o que significa isso, senão uma demonstração de que Deus estava com eles.
De que a doutrina pela qual morriam, era a verdadeira, a Verdade Suprema, a Verdade Eterna.
Ainda assim, rogavam o perdão das injúrias, e faziam preces fervorosas pela conversão dos seus algozes. Com o cântico de David, e a ascensão de Deus às consciências dos condenados, dos criminosos, para que despertassem e vissem nos seus fieis servos a consumação dos milagres da mão da Divina Providência.
Pois bem meus irmãos, o Grau de Cavaleiro Rosa Cruz foi instituído em honra dessa divina religião, do seu Divino Fundador e como tributo â memória abençoada dos inúmeros mártires, que foram vítimas dos comportamentos e sentimentos bestiais, da tirania, dos entes mais desgraçados do que a própria desgraça, verdadeiros emissários do diabo e de suas hostes infernais.
Por isso temos como um dos seus símbolos, uma pedra cúbica lançando sangue e água, para representar o sangue e a água derramada por Cristo, na cruz.
E nesse cenário que o Cavaleiro Rosa Cruza observa, assume suas responsabilidades diante dos ritos que nada mais é do que o Calvário, a dor, o sofrimento e a morte de Jesus Cristo.
Fonte: Carlos Lima