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OS HOMENS DE COR E A MAÇONARIA

Muitos desconhecem por conveniência, mas a Maçonaria de homens de cor existe e, ainda, nos temos atuais, enfrentam preconceitos, principalmente nos Estados Unidos.

 

A primeira irmandade Maçônica desse gênero nos Estados Unidos chamava-se “Grande Loja Africana da América do Norte”, ela foi fundada em Boston com “Carta Patente de 2 de março de 1784, da Grande Loja da Inglaterra”.

 

Os Maçons Norte Americanos não aceitavam que os “Negros” pudessem ser Maçons. Todas as dificuldades foram criadas e explicitadas pelas Lojas de Brancos.

 

Para que uma Grande Loja se constituísse, era imperativo que antes de tudo existissem Maçons, e existiam negros Maçons, todos eles iniciados sob o manto da Maçonaria Inglesa.

 

Por isso os americanos não puderam qualificar de irregulares as Lojas de Negros, porque sua origem era a mesma da maior parte das Lojas de Brancos.

 

Passado alguns anos, em virtude do crdscimento da “Grande Loja Africana”, outras Grandes Lojas foram surgindo em vários Estados, com a denominação genérica de “Prince-Hall”, ou seja: com o nome do seu fundador, e é sob essa denominação que funcionava, na época, as mais de quarenta Grandes Lojas de gente de cor nos Estados Unidos.

 

Prince-Hall era o nome de um riquíssimo negociante negro de Boston, que nunca havia sido escravo, e que foi iniciado na Inglaterra, em uma Loja militar.

 

Podemos afirmar que esta é a origem regular da Maçonaria Prince-Hall, de homens negros que ainda existe nos Estados Unidos. Mas não é só essa Loja, existe outra Potência Maçônica de Homens de Cor, ligada à Maçonaria Caucasiana, (raça branca).

 

Sua sede está em New Jersey e possui sob sua jurisdição várias Oficinas simbólicas. Mas a Prince-Hall, fiel aos seus princípios não mantém tratado de amizade com ela.

 

A verdade é que 167 anos se passaram sem que a “Prince-Hall” conseguisse reconhecimento de qualquer das Grandes Lojas Americanas de Brancos. O preconceito racial nos Estados Unidos era uma barreira quase intransponível.

 

Mesmo assim a Prince-Hall foi ampliando seus braços e em fins de 1951 já contava com nove mil Oficinas simbólicas, distribuídas pelas Grandes Lojas Confederadas.

 

A influência do irmão Franklin Delano Roosevelt e a pressão dos acontecimentos internacionais que culminaram com a deflagração da II Grande Guerra Mundial, terminou por fazer com que a Grande Loja de Massachussetts, formada exclusivamente por brancos, reconhecesse a Maçonaria Prince-Hall, mesmo enfrentando ferrenhos protestos da Grande Loja do Texas, que não admite a comunhão racial.

 

Com o tempo quase todos os preconceitos desapareceram. Não deixa de ser uma mácula em nossa história. Essas posições de discriminação racial se chocam frontalmente com os princípios Maçônicos, entretanto, essa\s situações de descriminação ainda são vivenciadas pela instituição, seja pela pigmentação da pele ou pela inclusão da mulher.

 

Jamais podemos ferir nossos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Precisamos estar na vanguarda entre todas as instituições mundiais que lutam por um mundo melhor e mais justo.

 

Os problemas existem e as soluções não caem do céu. Precisamos de sabedoria e conhecimento. E, como o simbolismo Maçônico é um farto manancial de toda a sabedoria humana, é imprescindível que todos os Maçons a conheça e possam compreendê-la, para melhor interpretá-la e difundi-la.

Fonte: Carlos Lima e pesquisa

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